domingo, 28 de maio de 2017

Tratamento da Esclerodermia doença auto imune através da auto-hemoterapia: Um estudo de caso clínico.

Este Estudo foi publicado na Revista Científica Européia REFERÊNCIA.

Veja no final da postagem.



Resumo

Neste estudo, apresentamos através de acompanhamento sistematizado com exames clínicos, registros no prontuário e registros fotográficos das lesões, o caso da cliente ADB, 48 anos, branca, do lar, diagnostico de esclerodermia, portadora de extensas feridas com predominância de tecido necrótico, envolvendo os membros inferiores dos joelhos para baixo e outra ferida com cratera profunda na mama direita . A esclerodermia é uma doença do tecido conjuntivo que afeta a pele, e algumas vezes os órgãos internos. É classificada como doença auto-imune devido ao fato de que o sistema imunológico nestas doenças é ativado para agredir os tecidos do próprio organismo. A paciente em questão apresentava a forma sistêmica (esclerose sistêmica) que afeta os órgãos e sistemas internos do organismo. Submetida à auto hemoterapia com aplicações de 20 ml de sangue uma vez por semana durante 4 meses e limpeza das feridas com solução isotônica de cloreto de magnésio a 10%, a cliente apresentou melhora acentuada do quadro clínico, com remissão dos sintomas e granulação de 70% da área afetada nos MMII, enquanto que a ferida da mama cicatrizou totalmente.
Palavras chave: auto hemoterapia, medicina alternativa, esclerodermia, imunologia

Introdução

As células do sistema monocítico fagocitário - SMF são especialistas em fagocitose e apresentação de antígeno ao exército do sistema imune. São elas: macrófagos alveolares, micróglia, células de Kuppfer, células dendríticas, células de Langehans e macrófagos em geral, sendo os macrófagos comprovadamente células de altíssimo poder fagocitário, atuantes no processo de cicatrização. ABBAS (2003) A autohemoterapia visa a autoestimulação do sistema imunológico através da retirada de determinado volume de sangue venoso do paciente e aplicação deste mesmo volume por via IM, dividindo-se o volume em 2 ou mais partes, técnica simples que estimula o aumento dos macrófagos pela medula óssea, indicada especialmente em doenças auto imunes. “Antes da aplicação do sangue, em média a contagem dos macrófagos gira em torno de 5% .Após a aplicação a taxa sobe e ao fim de 8 horas chega a 22%. Durante 5 dias permanece entre 20 e 22% para voltar aos 5% ao fim de 7 dias a partir da aplicação da auto hemoterapia. O retorno aos 5% ocorre quando não há sangue no músculo.” MOURA (2006) A terapia funciona complementando a ação da antibioticoterapia que paralisa a reprodução de microorganismos, enquanto o sistema imunológico ativado, vence a infecção. MICHAEL W (1992). A esclerodermia é uma doença do tecido conjuntivo que afeta a pele, e algumas vezes os órgãos internos. É classificada como doença auto-imune devido ao fato de que o sistema imunológico nestas doenças é ativado para agredir os tecidos do próprio organismo. A paciente em questão apresentava a forma sistêmica (esclerose sistêmica) que afeta os órgãos e sistemas internos do organismo. CLAMAN HN (1999), Na esclerose sistêmica, o sistema imunológico costuma causar dano a duas áreas principais: os vasos sangüíneos de pequeno calibre e as células produtoras de colágeno localizadas na pele e em todo o organismo. É o componente colágeno da doença o responsável pelo espessamento da pele. De acordo com UMEHARA H et al (1990), até o presente momento, não há cura para a esclerodermia, apenas tratamento e minimização dos sintomas e complicações decorrentes.

Objetivos

Demonstrar a efetividade do uso da autohemoterapia em feridas e lesões da pele.
Contribuir com pesquisa em Práticas Integrativas e Complementares com vistas ao aprimoramento da atenção à saúde no Brasil, avaliando eficiência, eficácia, efetividade e segurança dos cuidados prestados.

Metodologia

Estudo de caso clínico de caráter quanti qualitativo, método descritivo, realizado através de acompanhamento médico e de enfermagem sistematizado, com exames clínicos e registros criteriosos da evolução da cliente no prontuário, complementados com documentação fotográfica seriada das lesões.

Discussão e resultados

ADB, 48 anos, branca, do lar, diagnostico de esclerodermia, portadora de extensas feridas com predominância de tecido necrótico, envolvendo os membros inferiores dos joelhos para baixo e outra ferida com cratera profunda na mama direita. Iniciou tratamento com a autohemoterapia em agosto de 2006, recebendo durante quatro meses aplicações de 20ml de sangue nas 12 primeiras semanas e 10ml da 13. semana em diante. O sangue era colhido de veias periféricas, escolhidas criteriosamente alternando-se semanalmente os locais da punção nos MSD e MSE da cliente. As injeções do sangue colhido foram feitas nos músculos ventroglúteo, glúteos máximo e mínimo direito e esquerdo, também se alternando as regiões de aplicação e aplicando-se 5ml em cada uma de quatro regiões, por via intra muscular profunda, utilizando-se seringa de 20ml e agulha 25 X 7 para a punção e 30X8 para as aplicações. A limpeza das feridas era realizada nas mesmas ocasiões com técnica limpa, constando de irrigação direta das lesões com solução isotônica de cloreto de magnésio a 10%. O uso do cloreto de magnésio para limpeza de feridas é defendido por MOURA (2006), que assegura funcionar melhor que qualquer desinfetante, sendo utilizado em nossa prática corrente. Ele regula o metabolismo de cálcio no organismo impedindo as calcificações, ativa o sistema imunológico e atua nas bursites e osteoporose. GEOVANINI(2006).
Foi recomendada a suplementação alimentar calórico-protêica da cliente e sua movimentação ativa e passiva, alternada com repousos diários com os MMII elevados de 30 a 45 graus. Procurou-se oferecer uma assistência integral, com abordagem nos aspectos bio-psico-espirituais da cliente, oferecendo-se apoio emocional e estímulo à interação participativa da mesma em todo o processo.
Ao final do tratamento a cliente apresentou melhora acentuada do quadro clínico, com remissão dos sintomas e granulação de 70% da área afetada nos MMII, enquanto que a ferida da mama cicatrizou totalmente, como pode ser comprovado nos registros fotográficos.

REGISTRO FOTOGRÁFICO DAS LESÕES

(ver fotos abaixo seguinte)
Fig. 1 MID - Início do tratamento em 09/08/2006
Fig 2. MID - 10a aplicação de autohemoterapia em 10/10/2006
Fig 3 MID – 21a. aplicação de autohemoterapia em 20/12/2006
Fig. 4 Mama direita no início do tratamento
Fig. 5 Mama direita ao final do tratamento

Conclusão 

Neste estudo de caso, utilizou-se como tratamento base a autohemoterapia, terapia alternativa que se por um lado foge dos domínios da especulação científica, por outro parece que se afirma cada vez mais com a observação sistematizada dos fatos, algo que vive e manifesta-se com êxito crescente na prática clínica, embora ainda não tenha sido classificada e sistematizada pelo positivismo da ciência médica contemporânea. A autohemoterapia, parece que se enquadra nesse impulso pós moderno.
Diante das evidências inequívocas deste estudo, concluímos que a autohemoterapia como fator de incremento da imunidade natural do organismo, mostrou-se eficiente ao ser utilizada como um tratamento coadjuvante em feridas e lesões da pele. Parafraseando KUHNE.L. (2000), podemos dizer que coube a nós, terapeutas holísticos do século XXI, a singela incumbência de expor um pensamento diferente sem veleidades de crítica nem propósitos pré-concebidos.

Referências Bibliográficas


ABBAS, Abul. Imunologia celular e molecular. 4. ed. Rio de Janeiro; Revinter 2003.
MOURA, Luiz. Auto hemoterapia, multimídia DVD, 2006.
MICHAEL W. Mettenleiter, M.D. Autohemotransfusion in preventing postoperative lung complications, FACS, 1992.
CLAMAN HN. On scleroderma, mast cells, endothelial cells and fibroblasts. JAMA 1999; 262: 1.206-9.
UMEHARA H, KUMAGAI S, MURAKAMI M et alEnhanced production of interleukin-1 and tumo necrosis factor alfa by cultured peripheral blood monocytes from patients with scleroderma. Arthritis Rheum 1990; 33: 893-7.
GEOVANINI, Telma. Manual de Curativos. São Paulo: Ed. Corpus, 2006.
KUHNE. Louis. Água: A nova ciência de curar. 7a.ed.SP: Hermus, 1996.

Veja link de PDF com Registro Fotográfico Original deste caso no final do documento


 REGISTRO FOTOGRÁFICO DAS LESÕES









Publicação Revista Científica


Revista Científica Européia REFERÊNCIA publica artigo dos cientistas brasileiros Telma Geovanini e Manoel Mozart Corrêa Norberto sobre auto-hemoterapia:
- Tratamento da Esclerodermia doença auto imune através da auto-hemoterapia: Um estudo de caso clínico.
O artigo está em
 http://www.esenfc.pt/rr/admin/conteudos/downloadArtigo.php?id_ficheiro=261&codigo=
O endereço da Revista é http://www.esenfc.pt/rr/site/


European Scientific Magazine REFERÊNCIA publishes the Brazilian cientists' Study about auto-hemotherapy: Telma Geovanini and Manoel Mozart Corrêa Norberto.
- Treatment of scleroderma autoimmune disease using autohemotherapy. A clinical study.
The article is in:
 http://www.esenfc.pt/rr/admin/conteudos/downloadArtigo.php?id_ficheiro=261&codigo=
Referência Website: http://www.esenfc.pt/rr/site/


(*) Atualizações dos links deste estudo:

Revista Referência, edição - II Série nº 9 Março de 2009
http://www.esenfc.pt/rr/index.php?module=rr&target=editionDetails&&id_edicao=26
Título: Tratamento da Esclerodermia doença auto imune através da auto-hemoterapia: um estudo de caso clínico
Autores: Telma Geovanini, Manoel Mozart Corrêa Norberto
Recebido para publicação: 2008-09-08
Aceite para publicação: 2009-02-13
Tipo: Artigo de Investigação
Ficheiro em anexo: Revista Referência RII0823.pdf:
RESUMO:
O endereço do site Revista Referência: http://www.esenfc.pt/rr/




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Link para baixar o arquivo PDF deste Estudo com o Registro Fotográfico Original

Alerta: O Arquivo contém imagens fortes




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