Conclusão: apesar das controvérsias legais e da polêmica gerada na mídia, os usuários auto-hemoterapia estudados defenderam com convicção e esperança a eficácia deste tratamento para melhoria de sua qualidade de vida.
Auto-hemoterapia e a visão dos seus usuários
Auto-hemoterapia e a visão dos seus usuários
Autor(es): BANDEIRA,Andrea Gonçalves; SILVA, Danubia Andressa da; LEÃO, Janaína Urrutia; PASQUALOTTO, Luciana; SILVA, Vanessa Alvez da; FERNANDES, Verônica
Apresentador: Janaína Urrutia Leão
Orientador: Claudia Turra Magni
Revisor 1: Denise Gamio Dias
Revisor 2: Claudia Medeiros Centeno Gallo
Instituição: Universidade Federal de Pelotas
Resumo:
Introdução: o presente estudo foi realizado por acadêmicas de Enfermagem, para a disciplina Antropologia no primeiro semestre de 2007. A polêmica atual sobre a auto-hemoterapia aguçou nosso interesse pelo assunto, principalmente quanto à opinião dos usuários deste tratamento que consiste retirada do sangue da veia do indivíduo e aplicação no músculo.
Objetivo: proporcionar, entre usuários, a possibilidade de debater sobre o assunto, e, paralelamente, identificar seus posicionamentos e experiências em relação a este tratamento polêmico, devido ao não reconhecimento do procedimento por não haver nenhuma comprovação científica de sua eficácia. Metodologia: utilizamos o método etnográfico de pesquisa, com observação participante, e realização de dois grupos focais. Com cada dos grupos formados, foi realizado um debate, registrado através de diário de campo cujos dados subsidiaram essa análise. Analise dos dados: observamos que os participantes tomaram conhecimento da técnica através de documentários, amigos, parentes e Pastorais da Saúde, tendo iniciado a terapia fim de combater doenças crônicas, auto-imunes e problemas estéticos. Percebemos que esta é tratamento de cura informal diretamente relacionado com princípios culturais e religiosos, transmitido partilhado por pessoas que vivenciaram problemas de saúde semelhantes. Os participantes dos grupos focais, ao mesmo tempo em que reconhecem a clandestinidade da técnica discordam dos fundamentos para tal ilegalidade. Nos debates, um grupo focal foi participativo e seus membros demonstraram maior conhecimento sobre a auto-hemoterapia, enfatizando a questão da ilegalidade e da necessidade crença para a eficácia da cura. No outro grupo, prevaleceu à narrativa sobre a trajetória pessoal de uma das participantes, o que, se por um lado inibiu pareceres dos outros participantes, por outro, favoreceu expressão de gestos de solidariedade entre os membros do grupo que compartilharam sentimentos comuns. Conclusão: apesar das controvérsias legais e da polêmica gerada na mídia, os usuários auto-hemoterapia estudados defenderam com convicção e esperança a eficácia deste tratamento para melhoria de sua qualidade de vida.
http://www.ufpel.tche.br/cic/2007/cd/pdf/CS/CS_00536.pdf
fonte: http://www.orientacoesmedicas.com.br/opiniao_integra.asp?cdg=2082&u=1
Este estudo foi publicado no antigo site Orientações Médicas e republicado no site AHT HEMOTERAPIA.
Como não foi possível localizar o PDF do estudo, a foto comprova os links de sua publicação original.