segunda-feira, 18 de setembro de 2017

Trabalhadores rurais se capacitam para aplicar e ensinar a auto-hemoterapia

A providência é contra a estúpida fraude científica e proibição da técnica pela Anvisa e conselhos de Saúde (CFM), Cofen e CFF




(Texto: Ubervalter Coimbra / Foto: Júlia Ferreira)

 Foto: Júlia Ferreira

 Foto: Júlia Ferreira

 Foto: Júlia Ferreira





Trabalhadores rurais se capacitam para aplicar e ensinar a auto-hemoterapia
A providência é contra a estúpida fraude científica e proibição da técnica pela Anvisa e conselhos de Saúde (CFM), Cofen e CFF,
O uso auto-hemoterapia pelos trabalhadores rurais do Brasil será muito intensificado. Isto porque acaba de ser capacitado o primeiro grupo de aplicadores e multiplicadores populares de auto-hemoterapia especificamente do meio rural. O projeto, que começou no Espírito Santo em áreas urbanas, vem sendo desenvolvido em todo o país.
O grupo contou com nove trabalhadores do campo, dois universitários com origem rural, além de pessoas que se dedicam a cura, totalizando 13 os capacitados a aplicar a auto-hemoterapia. São residentes nos municípios de São Mateus, Nova Venécia e Boa Esperança, nas regiões norte e noroeste capixaba.
A formação foi realizada neste domingo (17/09/2017) pela manhã, no Quilômetro 41 da estrada que liga São Mateus a Nova Venécia. O espaço do treinamento foi a Escola Família Agrícola (EFA). Considerado o projeto ideal de educação camponesa, as EFAs empregam a Pedagogia da Alternância, onde o aluno passa uma semana na escola e outra em casa com a família, no ensino fundamental, e duas semanas de alternância, no ensino médio.
O programa de formação de pessoas que possam aplicar a auto-hemoterapia e multiplicar o conhecimento é uma das formas de resistência à estúpida proibição da auto-hemoterapia no Brasil, determinada de forma inconstitucional pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e pelos conselhos de Saúde, à frente o Conselho Federal de Medicina (CFM).
Para acompanhar o CFM nesta proibição absurda, o Cofen chegou a praticar a vileza de humilhar os enfermeiros, ao plagiar o parecer do CFM. Parecer este provadamente uma fraude científica e uma usurpação dos direitos do médicos de prescrever a auto-hemoterapia. A auto-hemoterapia cura ao aumentar a imunidade em quatro vezes por cinco dias, a um custo de uma seringa de aplicar injeção.
O treinamento foi realizado pelo dr. Antonio Chiesa, de 79 anos, sanitarista, biólogo e farmacêutico. Uma vez mais, ele atendeu à solicitação da comunidade. Realizou a atividade voluntariamente e nada cobrou dos participantes. Ainda forneceu material para aplicação. Chiesa mora na Serra, na Grande Vitória, distante 232 quilômetros do local onde o treinamento foi realizado.
O sanitarista destacou a necessidade de higiene absoluta pelos aplicadores, com cuidados especiais com a limpeza pessoal e do espaço a ser usado.
O treinamento surgiu a partir de contatos de Valmir Noventa, da coordenação nacional do Movimento dos Pequenos Agricultores (MPA) com o sanitarista. Ele destacou que a capacitação é parte da busca dos trabalhadores rurais que lutam por autonomia no tratamento das doenças que afetam os trabalhadores. O descaso dos governos federal, estaduais e municipais com a saúde dos trabalhadores do campo e da cidade é amplamente conhecido. Abandonados, muitos morrem nas portas dos hospitais, sem atendimento.
À tarde, Antonio Chiesa fez palestra sobre os riscos de muitos medicamentos que produzem ou agravam doenças, ao invés de curar.
Na sala onde o treinamento foi realizado quatro bandeiras enfeitavam mesas: as do MPA; do Movimento Sem Terra (MST); da Via Campesina; e, da Regional das Associações dos Centros Familiares de Formação em Alternância do Espírito Santo (RACEFFAES).
O treinamento foi o sétimo realizado no Espírito Santo. O primeiro, no Patrimônio da Penha (Caparaó Capixaba), no ano passado.
O Brasil é o único país a proibir o uso da auto-hemoterapia, decisão tomada apenas para garantir os lucros dos laboratórios farmacêuticos transnacionais. O governo Michel Temer (PMDB) vem mantendo a proibição arbitrária determinada pelo governo Lula (PT), e mantido nos governos Dilma.
Ainda sem sucesso, os auto-hemoterápicos vêm buscando que o Ministério Público Federal (MPF) cumpra o seu dever acionando a Justiça Federal para liberar a auto-hemoterapia, como sempre ocorreu por mais de cem anos, até a proibição em 2007. A proibição ilegal deixa milhões de brasileiros sem possibilidade de curar suas doenças com a auto-hemoterapia, muitos dos quais desesperadamente buscam aplicadores.
(Texto: Ubervalter Coimbra / Foto: Júlia Ferreira)
---